terça-feira, 21 de janeiro de 2014

O Brasil se fortalece com a união empresarial

Abaixo, matéria extraída do site da Revista Rochas de Qualidade

Conforme "bem dito" nos editoriais da Revista Rochas de Qualidade em 2013, que foram focados no potencial brasileiro, tecnologia e mercado global de rochas, os empresários brasileiros consolidaram as expectativas com muito arrojo e competência, rompendo difíceis barreiras e quebrando o engessado crescimento das exportações, batendo recordes.

Para nós, é certo que um dos pontos imprescindíveis para esse crescimento foi a união dos empresários que se deu de forma competente, responsável socialmente e ambientalmente, fatores que contribuíram e refletiram em sucesso das próprias empresas. Vale ressaltar ainda o empenho do setor na esfera federal, através da interlocução com o governo no trato de temas como o Marco Regulatório da Mineração, abrindo um canal de diálogo com os órgãos ambientais; e a logística, em todos os modais, que é fundamental para o escoamento da produção do setor; entre outras questões.

Devido ao desempenho do setor, somando-se os mercados interno e externo, além dos prestadores de serviços e insumos, estima-se que o setor de rochas tenha alcançado a importância de 10% do PIB no Estado do Espírito Santo, além de uma melhor divisão da renda no Estado, devido às parcerias consolidadas com os Estados de Minas Gerais, Ceará, Bahia e outros.

Nas exportações, até novembro/2013, o Brasil exportou US$ 1.191.181.246, e a estimativa era a de que o setor fechasse o ano com US$ 1.250.000.000, marcando um crescimento próximo a 30%, ressaltando que em torno de 77% desse valor refere-se a rochas processadas, principalmente granitos, isso diante de um cenário global de dúvidas e transições expressivas, como o início da retomada da economia americana e da demanda pelo mercado chinês e a continuidade da crise europeia, esta última, ainda bastante preocupante. Em relação aos preços praticados, a pequena retração no valor dos produtos não deve ser considerada uma diminuição real no preço dos materiais, mas sim, um reflexo em função do grande volume de materiais clássicos exportados, principalmente para o mercado americano. Fato inédito também foi o aumento recorde de exportação de mármores brancos, um produto cada vez mais valorizado no mercado externo.

O Brasil também demonstrou crescimento no mercado interno, após o segundo trimestre tivemos um aumento de aproximadamente 15% na importação de mármores frente a 2012, em função da demanda para grandes obras, especialmente nos mercados do Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília.

Em 2013, o cenário continuou sendo o de investimentos recordes no segmento das indústrias, mantendo o Brasil pelo segundo ano consecutivo como o maior importador de tecnologia italiana, considerada a mais avançada, aliada ainda a aquisição de máquinas nacionais igualmente competitivas que também se destacaram, inclusive, demandando um agendamento de entrega de multifios para mais de um ano à frente. O que significa que o Brasil cresceu, mas tem ainda muito mais espaço para crescer.

No segmento de mineração, após um longo período de incertezas e ineficiência estrutural e burocrática da União, que impediu a abertura de novas pedreiras, verificamos em 2013, o surgimento de alguns materiais novos, provenientes das regiões Norte e Nordeste, bem como em Minas Gerais. No Estado do Espírito Santo continuam imperando os materiais verdes e amarelos que dão sustentabilidade ao setor, mas, em contrapartida, observamos que quase não houve abertura de novas pedreiras.

A boa nova é que já existe a perspectiva de aproximadamente 40 novos materiais a serem lançados, já no primeiro semestre de 2014, provenientes de pedreiras de Minas Gerais, Ceará, Bahia e Rio Grande do Norte, materiais esses que deverão atender à demanda e as atuais tendências da arquitetura e design.

As perspectivas para 2014 são extremamente positivas, em função das boas expectativas em relação aos mercados americano e chinês, e da excelente aceitação dos exóticos brasileiros até nos países mais conservadores da Ásia e Europa. Os exóticos brasileiros conquistaram o mercado externo pela beleza particular dessas rochas, mas também porque preencheram uma lacuna deixada pela carência de blocos no mundo e pelo aumento do custo chinês. Este bom momento do mercado externo levou os empresários a investir em tecnologia de ponta, em busca de maior produção, atendendo aos requisitos exigidos e diminuindo custos para suprir grandes obras no mercado interno, na China e em outros países. A expectativa para 2014, é que o dólar se mantenha entre R$ 2,30 e R$ 2,40, o que garantirá vigor econômico e boa margem de lucro, ou como costumam dizer os economistas, garantirá uma "boa musculatura" para o setor de rochas.

Mesmo crescendo, o Brasil se mantém como quarto maior exportador de rochas naturais do mundo, e tem potencial para ser o primeiro do mundo e conquistar um superávit ainda muito maior do que o provado em 2013, que foi de aproximadamente U$ 1.000.000.000, num momento em que a balança comercial brasileira está deficitária. O Brasil só não exportou mais, devido aos problemas estruturais, principalmente no que diz respeito à logística dos portos, o que acarreta claramente em perda de divisas para outros países.

Entretanto, o otimismo prevalece! Desejando a todos os leitores e empresários um ano de união empresarial, grandes vitórias, superações e sucesso!

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