Publicado às 23:27 | Postado por Folha Vitória
Uma região que vive da riqueza do granito e da produção rural e familiar do café e das hortas. Os municípios de Vila Pavão e Águia Branca se destacam na região Noroeste do Estado.
Em Vila Pavão, a palha do café colhido vira adubo para o grão que vai nascer. O conilon do tipo Vitória, com uma genética diferente, melhorou a vida do produtor. “Não mudou 100%, mudou 1000%. Quando tinha o outro café, colhíamos 17 sacas por hectare, agora são 130”, comentou o cafeicultor Adenilson Ferreira dos Santos.
Em uma propriedade da região, por exemplo, esse tipo de café já está plantado há três anos. Em outra área, a lavoura antiga de café foi retirada para dar espaço ao novo conilon Vitória.
“O Incaper lançou o café Vitória visando mais lucro. A bebida dele é bem melhor do que o café comum porque tem alguns clones no meio. A bebida dele já dá até o café solúvel. Já foi provado que o café Vitória é um dos melhores para beber”, explicou ainda o cafeicultor.
Em Vila Pavão, o café é o principal produto agrícola. A produção anual é de 14 mil toneladas. Também se destaca a pecuária leiteira e, apesar de pequeno, o município é o berço do granito. São mais de 40 mineradoras instaladas na cidade.
A poucos quilômetros da cidade está o município de Águia Branca, com 9,5 mil habitantes. Aproximadamente 75 % da população vive na zona rural e é ela a responsável pela base da economia.
A cidade é referência no programa nacional de crédito fundiário, que oferece condições para que os trabalhadores rurais possam comprar um pedaço de terra por meio de financiamento. O café é o carro chefe, mas é da horta cheia de variedades que saem os recursos que mantém as despesas pagas e impulsionam os investimentos. Tudo o que é produzido, tem compra garantida por meio de programas de merenda escolar.
“É esse o nosso objetivo: fixar o homem no campo, mas com qualidade de vida. É o que nos podemos ver aqui hoje. Temos o café, a pecuária, a fruticultura e a horticultura”, afirmou o coordenador do programa de aquisição de alimentos, Carlos Neri.
Atualmente, cerca de 250 famílias tem propriedades adquiridas com recursos do programa de crédito. Mas não basta apenas ser dono, tem que manter a terra produtiva. “Primeiro é ter coragem de trabalhar e depois é saber que você está trabalhando e tem alguém consumindo o que vai vender”, finalizou o produtor rural Adevilson Nascimento.
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