terça-feira, 7 de julho de 2009

“O setor de mármore precisa de novos estímulos”

Extraído do site da Revista Inforochas


Uma entidade italiana formada só por mulheres do mundo do mármore e granito. Essa é a associação “Le Donne del Marmo” (“As Mulheres do Mármore”), que tem como objetivo promover a qualidade das pedras italianas de um jeito bem feminino.
Atualmente, a associação possui cerca de 60 sócias que trabalham no setor há pelo menos três anos. E não estamos falando apenas de quem trabalha com extração e venda. A entidade reúne profissionais que estão ligadas de alguma forma ao setor: escultoras, geólogas, arquitetas, designers, fotógrafas e até mesmo jornalistas.
“Entre as mulheres que trabalham em empresas, a maioria é empreendedora”, contou a presidente da entidade, a arquiteta Alessandra Ubertazzi, em entrevista exclusiva para a Revista Inforochas.
A ideia de unir as mulheres do setor surgiu em Verona, em outubro de 2006. O objetivo, segundo Alessandra, era “representar um aspecto particular do setor, através da sensibilidade e da tendência à comunicação tipicamente femininas, além de satisfazer as exigências do mundo das consumidoras”.
“O setor do mármore, no sentido amplo de pedra ornamental, precisa de novos estímulos. A mulher hoje tem papéis essenciais em toda a cadeia produtiva”, explicou Ubertazzi. Para cumprir seu objetivo, a associação promove atividades culturais, como convênios, debates, seminários e projeção de filmes, além de cursos de aperfeiçoamento e publicações.
Revista Inforochas – A mulher trabalha de um modo realmente diferente? Quais seriam seus pontos fortes e fracos?
Alessandra Ubertazzi – Acreditamos que nosso ponto de força está na gestão da complexidade e na adaptação aos imprevistos de todos os dias, capacidade derivada da gestão familiar, doméstica e profissional. A mulher interpreta o componente feminino da demanda do mercado. Certamente, o outro lado da moeda é que a mulher é muito mais emotiva e dificilmente separa aspectos humanos dos profissionais nas relações interpessoais.
Neste momento de crise, uma mulher em um papel de direção é vantagem? Por quê?
Sim. Talvez exatamente pelo lado emocional e humano que distingue também seu comportamento profissional.
Quais são os projetos atuais da associação? Alguma ideia para o Brasil?
Temos vários projetos em andamento, mas ainda em uma fase delicada, por isso preferimos esperar o momento certo de falar sobre eles. Temos algumas manifestações já tradicionais: a eleição de uma “Mulher do Mármore”, premiada com uma escultura realizada por uma mulher, claro, e um convênio anual que envolve profissionais de diferentes campos que contam suas experiências com a pedra. Também nos apresentamos nas duas principais feiras italianas do setor, Marmotec e Marmomacc, e estivemos na Vinitaly (Vinhos Italy) graças a uma parceria com “As mulheres do Vinho”.

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