ANDREZZA TRAJANO - Foram apresentados 22 tipos rochosos, todos com potencialidade de comercialização
No final do mês passado, os materiais foram apresentados por meio de um portfólio e peças naturais durante a Feira Internacional de Rochas Ornamentais de Cachoeiro do Itapemirim (Cachoeiro Stone Fair), no Espírito Santo. O trabalho de amostragem contou com a parceria do Sebrae, Instituto Fecor e Governo do Estado, que também enviou ao evento representantes das entidades. Foram apresentados 22 tipos rochosos, todos com potencialidade de comercialização.
A comitiva visitou a maior mina que produz mármores para o mercado de exportação (Marbrasa, do Grupo Itapemirim), além de serrarias que transformam em pranchas e materiais acabados, os blocos de rocha que saem das jazidas da região e de outras localidades do nordeste e norte do País.
Além destas visitas, foi feita uma apresentação da coleção de rochas do portfólio aos empresários produtores, representantes de indústrias de equipamentos e de instituições de classe, durante a feira. “Dessa forma, podemos aferir junto ao setor, a qualidade e mercado que as rochas de Roraima possam ser inseridas”, disse o superintendente regional da CPRM, o geólogo Marco Oliveira.
A coleção, segundo ele, foi bem aceita e despertou interesse de empresários para a produção voltada ao mercado nacional e também internacional, tendo a Venezuela e o Caribe como primeiros clientes externos. A rocha anortosito, denominada comercialmente no portfólio como Café Roraima, cuja cor marrom tem apelo para o mercado dos países do Oriente Médio, recebeu destaque.
Conforme o geólogo, os empresários questionaram as vantagens que Roraima pode oferecer para a atração das empresas, como incentivos fiscais e tributários, além dos marcos regulatórios relativos à legislação ambiental e a disponibilidade das áreas para a exploração mineral.
“Para viabilizar este setor em Roraima é necessário que se faça a verticalização da cadeia produtiva, da lavra a produção de pranchas e materiais acabados, de modo a agregar valor ao produto e atingir os mercados regional e nacional”, explicou o superintendente.
De acordo com Marco Oliveira, os empresários demonstraram interesse em visitar o Estado e conhecer de perto as áreas de ocorrência das rochas, além de realizar agenda de negócios com representantes do governo estadual.
NEGÓCIOS - O setor de rochas ornamentais do Espírito Santo, no arranjo produtivo de Cachoeiro do Itapemirim, congrega 11 municípios, mobiliza mais de 900 empresas, entre produtores de rochas, setor de serviços e comércio e faturou em 2007, no mercado de exportações, principalmente para os Estados Unidos e Europa, mais de 1 bilhão de dólares.
BRASIL - Na atual conjuntura de crise imobiliária americana, os produtores brasileiros estão focados para este mercado regional. O Brasil ocupa posição de destaque entre os 10 maiores produtores mundiais de rochas ornamentais. No mercado interno, são quase 60 milhões de metros quadrados de rochas ornamentais utilizados ao ano para revestimento de edificações e demais obras construtivas.
Por outro lado, em 2006, conforme dados disponíveis de mercado, o País apresentou-se como o segundo maior exportador de granitos brutos e ardósia e o quarto maior exportador de produtos processados de granitos e mármores, o que conferiu ao Brasil também a quarta colocação entre os países exportadores no mercado mundial.
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