sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Feira sinaliza termômetro de recuperação do mercado

Extraído do site Milanalez & Milaneze

A expectativa é de que o evento sinalize o ritmo de recuperação do mercado mundial de rochas
A Vitória Stone Fair 2010 acontece num momento em que as economias do mundo sinalizam a retomada do ritmo de crescimento. E o Brasil, que tem se revelado menos afetado pela crise financeira mundial, não poderia deixar de ser o melhor cenário para isso. É aqui, mais precisamente no Estado do Espírito Santo, que os principais atores do segmento de rochas ornamentais vão se reunir na feira que é uma das três mais importantes do mundo.
A Vitória Stone Fair 2010 será realizada de 23 a 26 de fevereiro no Pavilhão de Exposições de Carapina (Serra-ES). O evento vai reunir cerca de 370 expositores dos principais estados brasileiros e de países como Espanha, Itália, Portugal, Turquia, Egito, Paquistão, Índia e China.
Esta edição do evento será uma espécie de termômetro para avaliar a recuperação do mercado mundial de rochas ornamentais, afirma Cecília Milanez Milaneze, organizadora do evento. Ela enfatiza que o pré-credenciamento de participantes também é um indicador importante e positivo: “já temos visitantes cadastrados de diversas partes do mundo”, destaca.
As estatísticas do Centro Brasileiro dos Exportadores de Rochas Ornamentais (Centrorochas) sinalizam a retomada do mercado. Após sucessivos períodos de queda nas exportações, novembro e dezembro foram meses de recuperação. Expositores confirmam que importantes compradores mundiais, sobretudo do Canadá, China e Estados Unidos, já começam a retomar os negócios.
As exportações brasileiras de rochas cresceram 1,1% em novembro e 9,45% em dezembro, em relação aos meses correspondentes de 2008. Nas exportações do Espírito Santo a reação foi ainda maior: crescimento de 8,5% em novembro e de 10,5% em dezembro, também em comparação com janeiro e dezembro de 2008. Importante destacar que o Espírito Santo concentra a maior parte das exportações brasileiras de rochas: em 2009, respondeu por 66% dos US$ 955 milhões exportados pelo Brasil, segundo estatísticas do Centrorochas.
O mercado mundial de rochas, aliás, será tema de uma das palestras da Vitória Stone Fair 2010. O assunto será abordado pelo vice-presidente executivo do Marble Institute of America (MIA), Gary Distelhorst, dos Estados Unidos.
O Novo Marco Regulatório da Mineração do Brasil também será discutido no evento. Estão confirmadas as presenças do secretário de Geologia e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia, Claudio Scliar, e do diretor geral do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Miguel Cedraz Nery.
O presidente do Sindicato da Indústria de Rochas, Cal e Calcário do Espírito Santo (Sindirochas), Emic Costa, salienta que a Vitória Stone Fair é uma grande oportunidade de se conhecer as necessidades dos clientes, alavancar e consolidar parcerias interessantes. “Temos consciência de que o ano de 2010 reserva expectativas positivas para a economia brasileira, que vem demonstrando amadurecimento e atraindo atenção dos investidores internacionais”, observou ele.
DIVERSIDADE DE PEDRAS – Como já é tradição, a Vitória Stone Fair vai expor a rica diversidade de pedras brasileiras, principalmente granitos exóticos, movimentados e clássicos. O Brasil tem mais de mil diferentes tipos de granitos e boa parte deles poderá ser conferida na feira. Expositores de estados produtores como Espírito Santo, Ceará, Minas Gerais e Bahia vão mostrar as riquezas de seus subsolos. A feira reserva ainda espaço para o mármore brasileiro e de outros países.
A ardósia também marca presença no evento, com a participação de 19 empresas que integram a Associação dos Mineradores e Beneficiadores de Ardósia de Minas Gerais (Amar-MG). A Amar-MG representa produtores de nove municípios que formam a Província das Ardósias de Minas Gerais, e vai mostrar na Vitória Stone Fair as variedades disponíveis na região, cujo principal destino é o mercado externo. A participação dos produtores mineiros de ardósia é viabilizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-MG).
Ainda no segmento de rochas, outra participação importante é dos produtores de quartzito de Pirenópolis (GO). As lâminas verdes, amarelas, brancas e rosas são bastante utilizadas na decoração de pisos, paredes, muros e outras aplicações na construção civil. Pirenópolis é um importante polo produtor de quartzito e o Sebrae-GO apoia a participação dos produtores na Vitória Stone Fair.
Além da grande diversidade de rochas do solo brasileiro, a Vitória Stone Fair terá forte presença de expositores de máquinas, equipamentos, insumos, serviços e outros.
ROTA DO MÁRMORE E GRANITO – Durante a feira, os visitantes poderão dispor de pacotes para visitação às indústrias e pedreiras da Rota do Mármore e Granito, que inclui o sul e o norte do Espírito Santo. Ao sul, os roteiros incluem principalmente a região de Cachoeiro de Itapemirim, que concentra importantes indústrias e muitas serrarias e é onde acontece, em agosto, a Cachoeiro Stone Fair. Ao norte do estado, o destaque são as empresas do setor de rochas da região de Nova Venécia, importante polo produtor de granito.
IMPORTÂNCIA ECONÔMICA – O setor de rochas ornamentais tem importância estratégica na economia brasileira, com representatividade significativa nas exportações e na geração de empregos. Considerando as vendas para os mercados interno e externo, e as transações envolvendo máquinas, equipamentos, insumos e outros, a movimentação do setor ultrapassa US$ 2 bilhões de dólares por ano.
O Espírito Santo tem posição de destaque neste cenário, sendo um importante polo processador de rochas ornamentais. Aqui estão concentrados o maior parque processador de rochas do Brasil e boa parte das reservas brasileiras de granito. O estado responde por 50% da produção brasileira de rochas ornamentais e por mais da metade das exportações. A Vitória Stone Fair contribui para mostrar a força do setor de rochas ornamentais no Espírito Santo, no Brasil e no mundo.
Fonte: Assessoria de Imprensa

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Programa combate o desperdício na extração do mármore

Extraído do site da Prefeitura de Cachoeiro
Publicada em 21/01/2010 às 16:17

Evitar o desperdício na extração de mármore em Cachoeiro de Itapemirim. Esse é o objetivo de um projeto já em curso neste município central do maior polo do beneficiamento de rochas das Américas. Fazendo uma ponte direta entre empresas e instituições de pesquisa, o projeto “Lentes de Mármore” começou a orientar os extrativistas e prepara um novo passo: organizar uma cooperativa de marmoreiros nos distritos de Itaoca e Gironda, que são os dois maiores produtores do mármore no município.
Esses foram os resultados apresentados, nesta quarta-feira (20), ao prefeito Carlos Casteglione, pelo coordenador geral de Economia Mineral do Ministério de Minas e Energia, Edson Farias Mello, que acaba de deixar a coordenação dessa atividade, dentro da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a cargo do também professor daquela instituição Cláudio Humberto Ramalho. E o prefeito, que também é o diretor de mineração da Associação dos Municípios do Espírito Santo (Amunes), também conheceu outro projeto da universidade: o de classificação das atividades do setor de rochas, que está em curso na região noroeste do estado.
“Esse projeto é muito importante porque identifica o potencial de extração na nossa região, estudando também os nossos municípios de Castelo e Vargem Alta, e com isso orienta os extrativistas a aproveitar ao máximo os recursos das nossas jazidas. A orientação já está sendo dada a produtores de mármore de Cachoeiro”, explica o prefeito Casteglione.
Os dois pesquisadores também visitaram o Centro Tecnológico do Mármore e Granito (Cetemag), o Sindicato das Indústrias de Rochas Ornamentais, Cal e Calcário do Estado do Espírito Santo (Sindirochas) e o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Mármore e Granito do Estado do Espírito Santo (Sindimármore). No gabinete do prefeito, no Bernardino Monteiro, também foram recebidos pelos diretores municipais Antônio Carlos de Oliveira e Gildo Abreu.

Entre as maiores e mais rentáveis

Extraído do site da Revista Inforochas

Enfrentando a crise desde 2007, quando ela ainda não era mundial e sim norteamericana, o setor de rochas mostra que tem empresas consolidadas e que estão encontrando alternativas de mercado. Prova disso é a presença de seis delas na lista da revista “200 Maiores Empresas do Espírito Santo – 2009”.
São elas: Cajugram, na 136ª posição; Latina Vitória, no 136º lugar; Tracomal Mineração, em 152º; Brasil Exportação, na 168ª posição; Decolores, em 175º lugar; e Pemagran, na 196ª posição.
Além de figurarem na lista das 200 Maiores, as empresas Decolores e Pemagran estão entre as 20 mais rentáveis do Estado, em 5º e 9º lugar, respectivamente.
A Decolores ainda conquistou o 20º lugar entre as 20 maiores no quesito “lucro por empregado”. Além disso, A Pemagran e a Cajugram ocupam, respectivamente, 18ª e 19ª posição quando se avaliou as 20 maiores empresas na categoria “liquidez corrente”.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Clássico, mármore remete à sofisticação e nobreza

Extraído do site Repórter Diário
07/01/2010 - Decoração - Da Redação

Sofisticado, clássico e nobre, o mármore é considerado material caro, porém oferece excelente custo-benefício se tomadas algumas precauções no uso da peça. Composto por partículas sedimentares, o mármore tem superfície porosa, que pode absorver resíduos e estes mancharem a peça. Mas segundo os especialistas, a beleza do material compensa os cuidados necessários em suas múltiplas aplicações.

A arquiteta Renata Badnanuk indica a pedra para ambientes nobres, como salas, lavabos e hall de entrada. “É o material mais caro na família das rochas ornamentais”, explica. Em áreas onde não se pode usar o mármore, em razão do contato com a água, a também arquiteta Gleice Cantero recomenda aplicação de granitos, pois exigem menos cuidados. É o caso de bancadas de cozinha, churrasqueira e banheiros.

Portanto, quem planeja aplicar o mármore em casa vale saber que o preço do m2 do produto, com espessura de 2 cm, custa partir de R$ 500. “Atualmente existem no mercado dimensões padronizadas (30x30cm e 40x40cm), que saem em média por R$ 100 o m2, no caso com espessura de 1cm”, indica Gleice Cantero.

Existem dois tipos de mármores bastante utilizados no mercado nacional: o italiano e o brasileiro. Para Renata, a peça de fora não é superior em relação à nacional. “O Brasil está no mesmo grau de qualidade, pois evoluiu muito na área”, afirma a arquiteta, ao ressaltar que no passado havia maior preferência pelo mármore estrangeiro em razão da melhor tecnologia de corte da peça. Glaucya Taraskevicius, arquiteta, acrescenta que os mármores mais tradicionais são o italiano e o grego.

Mas além de optar pela origem, o consumidor deve escolher a textura do mármore. De acordo com Renata, o material pode receber acabamentos exóticos, como o flamejado, a base de fogo, o apicoado, a base de impacto “martelado” e o levigado, que é uma peça semipolida.

Em relação a cores, o mármore oferece grande variação, que vai do preto aos tons de branco, passando pelos beges, rosas e outras tonalidades. A dica mesmo é o consumidor soltar a imaginação ao compor a decoração com mármore. “A peça é tão bela que não precisa de acompanhamentos”, comenta Gleice. Segundo a arquiteta, o mármore faz boa combinação com madeira, vidro, aço, ferro em piso ou parede, e composições com tabeiras e molduras, além dos tecidos em tapetes, cortinas e estofados.

Embora o mármore tenha inúmeras vantagens de cor, acabamento e origem, Glaucya Taraskevicius recomenda a impermeabilização dos ambientes e esta feita por empresas especializadas. “Sem a impermeabilização, as manchas no material podem parecer muito facilmente. Se for mancha superficial a solução é o polimento”, diz. A polimentação custa em média de R$ 100 e o m2 e a impermeabilização custa $30 o m2. As manchas mais comuns são provocadas por copos de refrigerante ou de suco de frutas cítricas, que costumam ser derrubados sobre a peça. “O mármore é muito delicado, por isso a instalação deve sempre ser feita por profissionais capacitados”, adverte Gleice.

Para solucionar o toque frio da superfície do mármore, Glaucya indica um sistema de aquecimento. “É possível fazer um sistema de aquecimento sob o piso”, comenta a arquiteta para dar mais conforto aos usuários. (Colaborou Heloísa Resende)

Serviço
Cantero Arquitetos Associados
Renata Badnanuk
Gleice Cantero
Giuliana Madeira
www.cantero.com.br
(11)4228-4638


Glaucya Taraskevicius Arquitetura e Interiores
Glaucya Taraskevicius
(11) 3262-0148
http://www.glaucya.com.br/

Complementar a beleza do mármore ou não?


Botticino, Carrara, Rojo Alicante, Marrom Imperial, Preto Absoluto são palavras encantadoras na visão dos arquitetos e profissionais da área de arquitetura e design de interiores. Dono de uma beleza única, o mármore pode ser aplicado em molduras, colunas, pisos, paredes, bancadas.

O mármore é uma rocha metamórfica proveniente do calcário e dependendo da composição de seus minérios pode apresentar variadas cores como rósea, branca, esverdeada ou preta. Dentre esses minérios está a mica, o feldspato e outros.

Ela recebe o nome de rocha metamórfica porque é formada a partir da transformação físico-química sofrida pelo calcário a altas temperaturas e pressão. Isto explica porque as maiores jazidas de mármore se encontram em regiões de atividade vulcânica e que possuem a rocha matriz calcária.

O grau metamórfico juntamente com a composição química do mineral é que moldam a rocha dando variadas cores e texturas, e fazem do mármore um material rentável na indústria de rochas ornamentais. O mármore é usado em decorações, na confecção de objetos ornamentais e esculturas. A famosa estátua Vênus de Milo foi esculpida em mármore no século II a.C. O mármore pode ainda ser usado em construções civis na fabricação de objetos para uso domiciliar como pias, mesas e pisos.

Em nosso país, as maiores concentrações de mármore estão no estado do Espírito Santo, sendo este também o maior produtor de rochas ornamentais do país. A história da mineração do mármore, no Espírito Santo, surgiu com o início das atividades de fábricas de cimento, mas a utilização do calcário e sua mineração são desde 1878, quando era usado para a fabricação de cal, tijolos e telhas.

* Giuliana Madeira faz parte do Cantero Arquitetos Associados

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Momento é de cautela para os exportadores

Extraído do site do Centrorochas
Ao chegar a Dubai, a crise financeira mundial mostra que nenhuma região do mundo está blindada contra seus efeitos

Expoente do setor da construção civil de alto luxo no Oriente Médio, Dubai entrou recentemente na onda da crise financeira mundial. Isto demonstra que nenhuma região do mundo está totalmente blindada contra os seus efeitos negativos e que é preciso ter muita cautela por parte dos exportadores.
Portanto, a indicação para os empresários do setor de rochas é consolidar relações com os clientes já conquistados e ter muita cautela, com a adoção de medidas para assegurar a estabilidade financeira na busca de novos mercados. É o que afirma o economista e especialista em Comércio Exterior, Romulo Del Carpio, professor da M.Murad/ FGV. “Abandonar os clientes agora seria uma fatalidade para o futuro, pois os concorrentes iriam tomar esse mercado”, orienta.
O professor explica que a crise chegou a Dubai principalmente pelo fato de os preços do petróleo no mercado mundial não se reajustarem conforme o esperado. “Embora os Emirados Árabes não sejam um dos grandes produtores de petróleo, a comercialização e as divisas entram por esta região”, menciona.
Ele alerta que, embora a ansiedade comercial de entrar num mercado novo seja forte para o exportador brasileiro, o importante é fazer negócios com segurança comercial e financeira, utilizando, quando for possível, o Pagamento Antecipado ou, de modo geral, a carta de crédito, principalmente quando se trata de mármore e granito.
Del Carpio ainda comenta que a recuperação econômica global dependerá muito de como os Estados Unidos e países europeus se comportarem a partir de agora. “Mesmo com o Brasil em aparente tranquilidade, todos os países devem ficar atentos às suas políticas econômicas, pois a crise não foi debelada ainda”, afirma.
O economista também lembra que toda crise mundial tem sempre a segunda onda, chamada pelos americanos de “efeito W”. “Isto significa que, após uma leve recuperação econômica, pode advir uma segunda onda de crise. Este fenômeno é esperado para 2010. Assim, podemos prever que o próximo ano ainda será de recuperação econômica para os países afetados”.
E como o Brasil atravessa um panorama levemente tranquilo, com o real valorizado em relação ao dólar e ao euro, é esperado que, no ano que vem, o País mantenha sua atual política econômica, porém sem perder a perspectiva dos efeitos da chamada segunda onda. Para os exportadores, embora a taxa cambial valorizada não ajude na rentabilidade das vendas externas, Del Carpio reforça a importância de os empresários manterem este mercado, embora 2010 ainda não seja de total recuperação.
“As empresas devem aproveitar este momento de real valorizado para importados maquinas e equipamentos e dar o salto tecnológico com a finalidade de obter a lucratividade no processo produtivo e não apostar na desvalorização cambial”, conclui.